"Filmes são como pessoas. Gostamos, não gostamos, ficamos indiferentes."
Eixos temáticos dos filmes de Bergman:
*Amor e casamento: De uma perspectiva um pouco incomum à sua própria época (dos anos 40-80). É um inferno o relacionamento a dois. Só existe uma coisa pior: a solidão. Mesmo no inferno do relacionamento, um faz companhia para o outro.
A mulher tenderá a ser apresentada como a parte mais forte do relacionamento - exaltação do caráter feminino do próprio ser humano. Os masculinos são mais frágeis, graças ao egoísmo e satisfação dos próprios desejos.
*A ordem burguesa - as instituições servem para conformar a sociedade. A ordem burguesa é necessária, mas insuportável - vigilância e punição.
*O mundo da arte contraposto ao mundo da religião. Mundo da arte: um elogio à criatividade, um fator prepoderante à nossa sanidade mental. Mundo da religião como aquele que faz promessas que não pode cumprir. Um mundo religioso em que a promessa do além se insinua em desespero de causa, mas duvidosa.
*O silêncio de Deus (trilogia do silêncio). Alguns teóricos acreditam que Bergman sustenta que Deus não existe, outro grupo acredita que sim, o silêncio de Deus nos filmes de Bergman não quer dizer que ele não exista.
*O mistério da morte: Em alguns filmes, o suicídio é uma forma de sair da angústia da existência, escapar da punição e elucidar o mistério da morte.
*A busca da verdade interior (identidade): quem somos, o que desejamos
*A sexualidade como o motor da vida. Tudo o que fazemos tem fundo sexual. Bergman disse no documentário "Ilha de Faro": "O cinema e o teatro são atividades com uma carga erótica intensa."
*A busca de algum sentido espiritual humanista e uma civilização voltada à felicidade material.
*Um cineasta diante do espelho: seu processo criativo se dá diante do espelho.